segunda-feira, 16 de outubro de 2017

A aventura do Gato persa.

Olá pessoal tudo bem? Espero bem que sim. Hoje vou escrever um episodio real da minha vida, eu só acompanhei parte, o resto foi-me contado pelos outros intervenientes. Á partes que eu tirei porque acho que não tinham interesse.

A manhã estava fresca e húmida, uma típica manha de outono os pássaros chilriavam e as flores dormiam á espera do sol.
Tal como combinado a carrinha da medecina do trabalho chegou para as consultas anuais aos trabalhadores. Os trabalhadores aguardavam e observavam os preparativos á espera de serem atendidos.
O dia aqueceu, as flores abriram e as consultas terminaram. Fechou-se a carrinha e iniciou-se a viagem de volta.
Passado algum tempo ele apareceu, vindo do nada, a agitar a sua grande cauda cor de caramelo e a espalhar charme.
Foi o reboliço total, um gato persa na empresa? De onde Veio? Está abandonado? Anda perdido?
Chegou-se a um consenso o animal devia ter vindo alojado na carrinha da medecina do trabalho!
-Aí que bonito! -Será gato, será gata?
Todos olhavam espantados para aquela beleza cor de mel, e olhos curiosos, tiraram fotos, colocaram no facebook, iniciou-se a pesquisa em busca de um dono (a) desesperado (a) á procura de um gato desesperado.

Ás 22h45, tocou o telemóvel; -Estou Sissi, tens comida para gato?
_O que? O que, comida para gato?
O meu colega contou-me a estória do gato, eu que ia entrar ás 00H, lá levei arroz ao gato e uns panos para fazer de cama.
-Lá acomodamos o bichano o melhor possível, como o gato não se explicava, eu e o meu colega tiramos as seguintes conclusões: O gato não tinha muita fome, estava sossegado, a ver pelo narizinho húmido, e pelas patas pouco calosas era um bicho novo...
A noite passou e eu fiz o meu trabalho, e assim que possível agarrei-me ao telefone, com a ajuda de um agente da G.N.R lá consegui uma serie de contactos.
Mas era sábado, ninguém me atendeu, e eu a insistir...
Quando eu estava a entrar em colapso nervoso, devido á noite sem dormir (00H / 12H) e do "problema por resolver". Eu ainda pensei em alojar o bichinho em casa, mas depois de consultar mámãe chegamos á conclusão que não era seguro, um dos meus 4 cães de guarda abriam a boca e comiam o gato...
Mais uns quantos telefonemas sem sucesso, e eis que alguém me atende, a srª explicou-me que era de uma associação mas que nem sequer estava de serviço, nesse momento eu comecei a chorar, o gato precisava de ajuda e estava sozinho, eu não podia desistir dele...
A srª ouviu o meu desespero e disse: -Vou ver o que fazer...
Passado alguns minutos nos quais eu fui visitar novamente o gato, tinha uma chamada não atendida de um nº que não conhecia, sem pensar liguei de volta.
_Estou é a srª que está desesperada por causa de um gato?
_Sim, não sei o que fazer, preciso de ajuda...
Depois de alguma conversa a M, ofereceu-se para ver o bichano e ajudar a procurar o dono, combinamos o encontro e ela aceitou levar o gatinho...
Eu estava exausta, dormi "praí" 5h para enfrentar mais 12h de trabalho, mas a minha consciência estava tranquila eu fiz o que pude e ajudei...
Passada uma semana liguei a M, e perguntei pelo gatinho; Ela disse que de fato era um gato capado e que tinha chip, é de Sintra e a dona trabalha na empresa das carrinhas da medecina do trabalho onde o gato vive, a dona veio logo busca-lo e ficaram os dois felizes.
Este texto serve também para agradecer a todos os que ajudaram, ao meu colega que levou vários tipos de comida ao animal, ao agente da G.N.R, á Srª A, á M, ainda bem que há pessoas assim, e aos outros também que procuraram pesquisar no facebook. OBRIGADA...
BEIJÓCAS LARÓCAS DA VOSSA SISSI...