domingo, 17 de outubro de 2021

Carta ao rei Sol.

Sol, venho através desta missiva demostrar-te o meu desagrado por te voltares a afastar novamente de nós, pequenos humanos insignificantes mas cheios de significado. Sim eu sei, para ti, rei sol astro de fogo, somos como outra qualquer espécie animal. Compreende sol, tu ao afastares-te, aproximas de nós a escuridão, as noites longas, frias, de estrelas e lua vestidas de densas nuvens. Vais rir-te, afirmar que não é escolha tua, afinal é para nosso bem, da mãe terra que se banha em águas cristalinas enquanto tu estas a sorrir e a aquecer-lhe os pés. Existe ali uma altura, talvez entre dezembro, janeiro, que julgo não mais voltares; Sentir-te a lamber a minha pele desnuda numa caricia muda. Aí meu querido sol, esse é um dos prazeres gratuitos que me tornam feliz, sentir-te sob a minha pele… Agora aproxima-se o vento vendaval, limpa, mas desarruma, embirro com o vento, e ele também não gosta de mim, pega-me nos cabelos e fá-los agitarem-se como loucos, entra pelos ouvidos e remexe nas gavetas dos acontecimentos passados e recentes, deixando-me exposta outra vez, enquanto sopra e uiva trazendo o cheiro a lenha e a vida já queimada. A chuva, a chuva é amiga, esperada desejada, mas mal compreendida, essencial á nossa vida, mas sempre a tentar não incomodar as nossas vidinhas tão preenchidas sem tempo de trocar de meias e sapatos… Querida chuva, depois fica triste desolada e cai mais água, mas fazes muita falta. Alimentas-nos o corpo e a alma com a imensidão de verdes e cores com que vestes a mãe terra. Agora vou esperar e desesperar até voltares inteiro para nós, sol, tu que és a vida, mas também a morte. Promete, jura, que nos voltamos a encontrar lá para Maio. Trazendo de volta a esperança e afastando de novo os fantasmas das depressões. Sim caso não saibas, alguns de nós humanos desenvolvem depressões sazonais, ao pensar no frio, que nos consome o corpo e desalenta a alma. Vês como és importante, amado pela minha espécie, então mais uma vez te peço, vai, vai porque tens de ir, é assim que deve ser, outros também têm o direito a te ter… Mas volta, volta para aqui, para o lado do planeta onde existe este muito amado pais, não é para todos a sua energia é diferente, mas é quase tudo boa gente… Para o meu querido sol, sinto esta angústia todos os anos, fazes-me falta……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………… P.S Este texto é dedicado a um dos meus primeiros leitores, que felizmente ainda lê o meu blogue. CAFREE, OBRIGADA, os teus elogios aqueceram o meu coração, como um pequeno sol. O Cafree disse e passo a citar: Ás vezes dou por mim a rir sozinho, e não só; Mas este especialmente, emocionou-me muito. OBRIGADA; também á dona Rosy, Rosy, á Mary tomy que muito me apoiaram e apoiam, moram no meu pensamento…....................................................................................................................BEIJÒCAS LARÒCAS DA VOSSA SISSI..