domingo, 27 de maio de 2018

Plantar felicidade.

Não sei que vento leva as sementes da minha felicidade.
Não sei que vento leva as sementes do amor, da amizade. Só sei que o meu chão continua sôfrego de plantação...
A esperança vai resistindo como relva invasora que se recusa a ceder, mas enfraquece...
Vento, vento, o que andas tu a fazer?
A espalhar ilusão, solidão, o olhar para as coisas e não para o teu irmão...
O que me resta?
O que nos resta?
O sonho, o criar, o amar sem retorno?
O amor, o amor, todos querem ser amados, mas poucos estão dispostos a amar, sem egoísmo, com entrega, com verdade...
O amor, esse misterioso arredio que só bafeja alguns...
Todos os dias, todas as horas, espalho as sementes em terra árida, que o vento teima em levar, não me importo, já não me importo, olho com fé, se as sementes vão, alguma vai enraizar, sabe-se lá onde, que coração as acolhe, as escolhe...
Vou ser amiga do vento, e continuar a lançar as sementes, ao horizonte povoado, á moldura humana.
Sim, sim, algum coração, vários, até muitos estão á espera dessa semente que o vento carrega...
Afinal estava enganada; O vento é amigo, ajuda, basta estar disponível, sorrir, olhar os outros com olhos de espelho e deixar a semente entrar, enraizar...


BEIJÓCAS LAROCAS DA VOSSA SISSI...