domingo, 21 de agosto de 2022

O regresso das festas.

Olá pessoal tudo bem convosco? O texto deste mês é dedicado ao regresso das festas da minha bonita vila espero que gostem. A vila respira entusiasmo, o covid sussurrado e não falado, para não se desconfiar das vacinas feitas á pressão, que encheram os bolsos a quem já os tinha bem preenchidos. Sabe Deus o que ainda virá. Bom, teorias da conspiração á parte. A vila transborda de trincheiras pintadas de fresco. As festas, a areia nos pés o touro á solta, a musica no ar o cheiro a couratos e a sardinhas. As noites que se estendem até ao amanhecer, com as ruas sempre cheias, rua abaixo, rua acima, ver as pessoas, umas ainda cautelosas com mascara outras mais afoitas. Cumprimentam-se os vivos, recordam-se os mortos. Molha-se a garganta, esquecem-se as tristezas, celebra-se a vida. Reza a tradição, que na noite da sardinha assada uma chuva fina caia de madrugada acalmando a poeira e os ânimos já altos da noite. As festas, dois anos ausentes, como se o certo já não contasse, a mudança constante, mas mansa que nos comanda… -Aí gosto tanto do cantor!! -Credo, não gosto nada do cantor. -Mas aquilo é um boi, ou um bezerro é mais manso que o meu cão. Aí Jesus que há porrada, olha partiu um corno. -FUJAM QUE O BOI FUGIU… Dias sem noite onde se come, bebe convive, e corre. Dias em que as mães em silencio rezam, para que os seus voltem sem nenhuma costela partida ou pior… Dias emoldurados nas nossas memórias que recordamos e partilhamos e ansiamos por mais… As festas, o mundo voltou a palpitar, esperamos sinceramente que a guerra acabe, para podermos voltar a ter esperança num mundo melhor… Com os olhos postos no céu, esperamos o fogo-de-artifício, na expectativa de vermos estrelas mais coloridas. O barulho do fogo, o chão que treme os cães desesperados a uivar e a ganir. O povo que se aperta e aquece, as festas da minha vila, voltaram. Espero que para o ano cá estejamos juntos para celebrar mais um ano de vida… BEIJÓCAS LAROCAS DA VOSSA SISSI…